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 oficina de escrita com Marília Floôr Kosby 

aportes poético-antropológicos para uma escrita criadora

O objetivo do curso Aportes poético-antropológicos para uma escrita criadora é aproximar xs alunxs de práticas de escrita contra-hegemônicas, bem como de reflexões acerca do ato de escrever. Com foco nas potenciais singularidades dos corpos textuais e suas variações conforme os corpos que escrevem, o curso tem como base epistemológica obras antropológicas que problematizam modelos hegemônicos de relação com as palavras, como, por exemplo, os trabalhos da antropóloga franco-tunisiana Jeanne Favret-Saada sobre feitiçaria e a palavra-ato, e o livro A queda do céu, escrito pelo xamã yanomami Davi Kopenawa e o antropólogo franco-marroquino Bruce Albert - obra que traz indagações sobre o ato dos brancos de escrever como forma de não esquecer as palavras, por um lado, e a atitude yanomami de se trazer as palavras perto da boca, por outro. Fundamenta a atividade, outrossim, a ênfase dada pelo antropólogo britânico Tim Ingold ao caráter criativo e inventivo da antropologia enquanto disciplina.


Além de obras propriamente antropológicas, os participantes encontrarão pressupostos e corpos textuais de outras literaturas (poesia, prosa, roteiros, cartas), que apontam trilhas para a experimentação daquilo que a escritora e pesquisadora chicana Gloria Anzaldúa chamou de palavra encarnada. Nesse mesmo sentido, vale salientar a contribuição da noção de escrevivência, cunhada pela escritora brasileira Conceição Evaristo, a qual se refere à atenção da escrita para aquilo que se vive, para a dimensão fenomenológica da escritura como cartografia da experiência de corpos vivos no mundo.

DATAS

20/1, 27/1, 3/2 e 10/2

quintas-feiras

das 18h30 às 20h30

VALORES

R$360,00

à vista no Pix/boleto

ou em até 3x no cartão

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Marília Floôr Kosby é Doutora em Antropologia Social pela UFRGS (2017), mestra e bacharela em Ciências Sociais (2007 e 2009) pela UFPel, e poeta. Publicou os livros de poemas Mugido [ou diários de uma doula] e Os baobás do fim do mundo, além do ensaio Nós cultuamos todas as doçuras, vencedor do Prêmio Açorianos em 2016.

bibliografia

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