Murambi, o livro das ossadas
R$89,90Preço
Durante cem dias, entre abril e julho de 1994, um genocídio deixou 800 mil mortos em Ruanda. Quatro anos depois, o escritor senegalês Boubacar Boris Diop viajou ao país da África central para colher informações sobre esse período e escrever um livro. Conciso e sem sentimentalismos, Murambi, o livro das ossadas é um assombroso relato polifônico que provoca reações como a da escritora norte-americana Toni Morrison, prêmio Nobel de Literatura em 1993: “Esse romance é um milagre. Murambi confirma minha convicção de que só a arte pode lidar com as consequências da destruição humana e traduzi-las em significado. Boris Diop, com uma beleza difícil, conseguiu fazer isso. Poderosamente”. Cornelius Uvimana, professor de história, filho de mãe tútsi e pai hútu, volta a Ruanda depois de anos trabalhando no Djibouti, nordeste da África. É a primeira vez que retorna ao país natal depois do genocídio. Recebido por amigos de infância, Cornelius quer tentar entender exatamente o que aconteceu com sua família, da qual só restou um sobrevivente, o tio Siméon Habineza. Para isso, vai visitá-lo em sua cidade, Murambi, local onde ocorreu o massacre de cerca de 50 mil tútsis reunidos pelo prefeito e por um bispo numa escola técnica com a alegação de que seriam salvos por tropas francesas. Murambi, o livro das ossadas reúne personagens que ora falam em primeira pessoa, ora são referidos em terceira. Muitos estiveram envolvidos direta ou indiretamente nos acontecimentos de 1994 e são distribuídos estrategicamente no espaço ficcional para dar uma visão complexa do genocídio, da história de Ruanda e da África, e da crueldade sem limites a que os seres humanos podem chegar. No posfácio da edição da CARAMBAIA, um texto à altura do impacto do romance, Boris Diop revela sua estratégia de romancista: “O dever de memória é antes de tudo uma maneira de opor um projeto de vida ao projeto de aniquilamento dos genocidas.”
autor(a)
Diop, Boubacar Boriseditora
Carambaiapáginas
224palavras-chave
Esther Mujawayo; Hotel Ruanda; Gael Faye; Sartre; Último genocídio do século XX; burundi; Tanzânia; decolonialismo; Feeding roots,; Odile Tobner; memória; literatura africana; País de Mil colinas; Frantz Fanon; Cornelius; Grande Prêmio Literária da África Negra; hútus; escritor inédito no Brasil; acidente aéreo; colonicação belga; Djibouti; livros sangrentos; Nocky Djedanoum; Ruanda; Senegal; Scholastique Mukasonga; descolonial; Patrick Benquet; Murambi; Ruanda; operação turquesa; Butare; história da África; pensamento decolonial; tútsis; França e Ruanda; Igrejas de Ruanda; Copa do Mundo de 1994; Vénuste Kayimahe; Kibungo; Sartre; Genocídio de Ruanda; autor africano; assassinato do presidente de Ruanda; Abril sangrento; decolonial; escrever por dever de memória; Théogène Kara; Révérien Rurangwa; Aimé Césaire; estupro; Sometimes in April; Nyamata; solidão; Annick Kayitesi; Cheikh Hamidou Kane; Joseph Karekezi; Raoul Peck; escola técnica de Murambi; cerveja de banana; estrutura fragmentada; Negrophobie; Os condenados da terra; fragmento; Fest'Africa; piscina de sangue; Françafrique; Éditions Zulma; Kigali; Terry George; Bujumbura; La Mise Hôtel; milícia; Rwanda 94; Black Earth Rising (série Netflix); Hotel Rwanda; frente patriótica de ruanda; Genocídio; Interahamwe; Cem dias de Ruanda; twas; rádio; crimes contra a humanidade; Hútu Power; autor senegalês; escritor senegalês; assassinato; hútu; África Negra; Juvénal Habayarima; interahamwe; Fagaala; conflitos étnicos